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Estes poemas são lugares de minha casa emocional... sintam-se a vontade, estiquem as pernas e pensem em lugares da vida que pertencem as coisas da alma...

Sandro A.

Poetas e Escritores do Amor e da Paz

01/10/2011

UMA DESSAS SAUDADES...

Minha saudade mais antiga

Dormia num sorriso,

desses, pelas razões mais tolas,

nos dias mais comuns.

Sorrir de um dia lembrar

de jogar pedras no rio.

Sepultá-la no silêncio.

Quantas mil histórias

uma pedra tem para contar.

Minha saudade mais antiga

trombou algumas vezes comigo,

lá pelas duas da manhã

e eu esbarrei em alguns silêncios;

alguma coisa se machucou em mim.

Soube disso, sim, já havia me machucado outras vezes,

mas chorar era reter uma coisa

que não cabe na retidão.

Assim, fui virando uma página e depois outras,

e mais uma,

devia estar ali, em algum lugar

dentro de minha ausência,

bem ali.

Entre perguntas e essa saudade,

como Blake, via através dos olhos

e não com eles.

Assim, minha saudade,

entre o dia e o sopro,

foi cercando todas as células do corpo,

meus dias guardados ali

e foi buscando, martelando,

tudo para abrir uma brecha na fortaleza da matéria,

tudo para me procurar,

tudo para me achar,

e quem sabe outra vez,

só mais uma,

quem sabe três, dez mil,

eu pudesse sorrir, um sorriso desses.

Tolos de saudade.

San Rodrigues

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Este espaço é um ensaio para a escrita fotográfica, aquela que vê a cena e provoca as palavras para que possam construir a metáfora da imagem.
Gravando as imagens do diálogo, dos gestos, dos paragrafos, do detalhe nos verbos, em assustadores substantivos e adjetivos maleáveis... que possam traduzir emoções guardadas num lugar secreto.

San Rodrigues

toda leveza nasce de um instante de reflexão...