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Olá...!

Estes poemas são lugares de minha casa emocional... sintam-se a vontade, estiquem as pernas e pensem em lugares da vida que pertencem as coisas da alma...

Sandro A.

Poetas e Escritores do Amor e da Paz

12/01/2012

PÊLO...

Faz um minuto
que aquele segundo passou,
e nem por um instante
eu pude controlá-lo.

A palavra controle
é cheia de vazamentos
que vão erodindo a pele,
a nota,
a cor,
a euforia do amor.

Até tudo se render
e o futuro envelhecer
na contração da hora.

Agarrei o segundo
e numa Pandora
num segundo
passou tanta vida.

Eu ainda não sei
o que cabe lá.


San Rodrigues

ADULTOMIA...

Retirei a ternura,
rasguei outras poesias,
desplantei as margaridas,
tornei frias as alegrias.

Invadi a fantasia e desiludi
os coloridos,
subi em todos os céus
e desliguei os alaridos.

Me vinguei das ingenuidades,
contratei uns suicídios,
me matei de minha infância,
fiz-me insípido.

Vasculhei todos os meus temas,
tinha apenas um assunto,
perdi a diversidade da criança.

Estava pronto,
eu
era
adulto.


San Rodrigues

MEU RUBOR...

Meu rubor acontece
no eufemismo,
sou frenético
entre o fogo e a cinza,

enquanto o Sete-Cores
cantou e encantou
a linha de Zenão.

Não temo que se rompa
o dique e que todas as
palavras alaguem
minhas áreas protegidas.

As palavras são uma voz
que a sílaba retém
e o poeta invade sílabas
e coloniza ressonâncias
de respiração presa.

E no centro da métrica,
finco uma bandeira
de prosa livre.


San Rodrigues

HÃ?...

Se escrevo
sem critério,
me explique então,
o que escreve na vida
o cemitério?


San Rodrigues

SENTIDO...

Sem ti
cetim
senti-me
tão só.


San Rodrigues


QUEM ESTOU?...

A metáfora fotografou
minha incoerência
e o breu da insanidade.
Me vali de meus ruídos
para compor olhos puros.
Sagrados de tesão
e sorrisos náufragos.

Se me sou,
me vazo,
nem todas as flores
aceitam o vaso.

Se me sou escapo,
nem todos os filhos
da máfia são capo.
Com licença,
meu desespero está
delirando.


San Rodrigues

AROMAS...

Depois do amor
com a noite,
a aurora
deu luz a
uma ninhada
de aromas


San Rodrigues

INVENÇÃO...

Cheiro leve,
passarinhamentos,
orvalho se despedindo.
E o sol
inventando
um outro dia.


San Rodrigues

QUO VADIS?...

A noite
de mãos pesadas,
acaricia as curvas
da tristeza.
Me invado,
me invade.
Meu vão.
Quo Vadis?


San Rodrigues

QUEBRANTO...

A gota, escorrega
ndo len
ta, de qua
lquer janela, imit
ava bruma a saud
ade, no vidro mai
s embaç
ado que d
ois olhos podiam res
pirar.A chuva fic
ava dize
ndo coisas, pra d
epois co
ntinuar chuva. Os olhos r
ondavam os a
rredores da
memória, à procur
a de um cora
ção antigo, enq
uanto as gotas es
corre
gava
m que
bra
da
s.


San Rodrigues

Letras e Atos...

Este espaço é um ensaio para a escrita fotográfica, aquela que vê a cena e provoca as palavras para que possam construir a metáfora da imagem.
Gravando as imagens do diálogo, dos gestos, dos paragrafos, do detalhe nos verbos, em assustadores substantivos e adjetivos maleáveis... que possam traduzir emoções guardadas num lugar secreto.

San Rodrigues

toda leveza nasce de um instante de reflexão...