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Olá...!

Estes poemas são lugares de minha casa emocional... sintam-se a vontade, estiquem as pernas e pensem em lugares da vida que pertencem as coisas da alma...

Sandro A.

Poetas e Escritores do Amor e da Paz

01/10/2011

MINHAS ASAS...


Acordei entre o idílio e minha vida,

dessas coisas guardadas no espanto.

Mirei a palavra contra a noite fria e atirei;

esperei ver o que caia,

quem caia

e quando a palavra violou o coração de todos os meus anos,

todos os meus choros sangraram,

e o olhar dilatou.

Ter coragem não é não ter medo,

e o contrário também não.

Fiz um instante de queda,

desses que nunca chegam ao fundo

quando a noite desce no meio do dia,

e eu olhei bem dentro nela,

dentro de seus olhos antigos,

eu acendi uma luz amarela,

uma vela antes que o sol brilhe

e me sentei calmo,

com a calma tempestuosa da lagarta nos dias de casulo,

rasgando a fresta do voo.

Só estava sentado.

Mas chamei minha alma de borboleta

e chorei para subir do lugar fundo da dor,

minhas asas eram tudo,

os lugares traiçoeiros e inexplorados da vida,

que não se encontram nos continentes ou nos mares;

e no universo não cabem as infinitudes do coração,

cada pergunta é a linha de Zenão,

cada resposta é um senão,

cada instante um desespero,

cada brevidade o tempo inteiro

e eu aqui em qualquer uma destas horas

faltando cinco minutos para depois de tudo,

eu aqui olhando para o teto do meu quarto.

San Rodrigues

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Letras e Atos...

Este espaço é um ensaio para a escrita fotográfica, aquela que vê a cena e provoca as palavras para que possam construir a metáfora da imagem.
Gravando as imagens do diálogo, dos gestos, dos paragrafos, do detalhe nos verbos, em assustadores substantivos e adjetivos maleáveis... que possam traduzir emoções guardadas num lugar secreto.

San Rodrigues

toda leveza nasce de um instante de reflexão...