Escorri de uma destas manhãs dadaístas,
para as mãos de um jovem senhor hostil.
Ele não ria,
não chorava também,
não levava,
nem trazia,
não aceitava o silêncio,
Admitia o sono,
mas me acordava antes do sonho:
E no fim apertou a minha mão,
dando-me felicitações;
de que pela sede
aprendi a água,
de que pela noite
aprendi o dia,
de que pela ida
aprendi a voltar,
de que por perder
aprendi ganhar,
de que pelo susto
aprendi respirar,
de que pelo fim
aprendi começar,
de que pelo instante
aprendi a eternizar.
Bem, foi um prazer
conhecer o antagonismo.
San Rodrigues
San Rodrigues