e
alguns que nascem em furacões.
Habito
em lembranças tsunâmicas
e
meus versos nascem de explosões.
Vasculho
meus desertos,
em
bérberes vontades,
quando
sóis se põem e nascem
em
cima de antigas ansiedades.
Tenho
tempestades em mim.
Quanto
a isso não há segredo,
planto
e colho no inverno.
Planto
e colho no meu medo.
Meus
sonhos, esses vulcões.
Povoados
por desejos,
amanheço
Pinatubo,
adormeço
verdadeiro.
Mas
me carrego em certas lutas,
desafios
de um guerreiro,
me
enfrento, me amordaço
e
me faço prisioneiro
Num
verão desses me mudo,
volto
pra minha identidade
desafio
os alívios,
desafio
toda idade.
Me
planto na amizade,
com
minha alma e os céus,
esqueço-me
de tudo que não tenho,
por
que o que tenho Deus me deu.
San Rodrigues
San Rodrigues