Espaço Idílico...

LEITORES...

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Olá...!

Estes poemas são lugares de minha casa emocional... sintam-se a vontade, estiquem as pernas e pensem em lugares da vida que pertencem as coisas da alma...

Sandro A.

Poetas e Escritores do Amor e da Paz

10/11/2011

MAROLA...


Empurro escritas pesadas
que moram em mim.
Sou transitivo,
indireto
e vou acontecendo
quando se costura
a palavra a ideia,
no mistério de cada ida;
cada chegada.
Começo gota,
ando rio
e sou particípio no mar.
Me empurro para acabar.
Porque uma hora dessas
acabo.

San Rodrigues

650 MIL HORAS...


Plantei um sol
no meio da minha noite,
quando havia um silêncio
cheio nos meus pensamentos;
por que me é própria:
Uma contemplação sonhadora
em que minha saudade
se compraz
e se rememora,
uma transcendência,
uma angustia no indizível.
92 átomos ao meu redor,
na minha mão.
Na minha história.
25 letras,
são todos os meus poemas lidos,
minhas mil palavras,
minha voz,
e antes de tantas horas.
Eu que sou breve;
me encerro.
Mas antes de qualquer dia começar:
colho o sol que plantei.


San Rodrigues

INSÔNIA...


Gota....monotonia,
gota... saudade.
Gota... choro,
gota... só.
Fechei 
torneira 
fui 
dormir.


San Rodrigues

RESSONAR...


Sonho,
o resto
de qualquer
sono em movimento,
no fragmento da noite.


San Rodrigues

RAIOS DE TINTA...


O entardecer
é esse sábio
de monotonia risonha,
que pega meus olhos
e enfronha
e bota minha esperança
pra sonhar.
Quando minha alma
está mais cansada que minha voz;
deixo-me entrelaçar
em seus últimos raios solenes,
como se fossem os primeiros
desta minha lenta escuridão.
Eu ainda clareio
e bruxuleio em minhas amizades.
Misterium tremendum et fascinosum.
É tudo que sou,
é tudo que assino.
Guardo minhas verdade
em farsas
e me ludibrio,
só não me assassino
por medo de voar.
Porque os raios do sol,
são essa luz livre
que resolveu fugir de casa,
para fazer tarde
durarem a noite.
Amanhã.


San Rodrigues

ENTRE A NOITE...


Todo um certo amor,
ai ousado
dormindo
dentro do beijo.
Olhar velado,
lábios fremindo;
úmidos,
desabrochando uma dança
de eros.
Cílios adejando.
Arrepio nas entranhas,
coisas estranhas
e lassidão.
Eu e meus todos,
em meu corpo,
tormentos na ponta
de meus dedos.
Todos os ventos
fazendo meu furacão,
todos os toques
fazendo minha paixão.

San Rodrigues

SONO...


O universo inteiro
envolve e tece
a breve casca.
E no silêncio
da semente,
moram
mil cedros.

San Rodrigues

DE ASSIM VAGAR...


Fui olhando lentamente,
com olhos de camurça,
piscando lentamente
como pisa a pluma.
Fui pensando lentamente,
aspirando lentamente,
silenciando lentamente;
lentamente compreendendo.
Minha pressa foi lentamente
aquiescendo com o tempo,
lentamente fui plantando,
lentamente fui morando,
lentamente fui nascendo.
Assim...
lento,
todo em fleuma dilatando,
demorando,
preguiçando,
amenizando.
Pasmado,
antecipado,
ansiado.
Lento.
Cada respiração
me contava uma história;
cada “ainda”
me falava de outrora,
cada amém
procurava um porém,
e eu lentamente
me separava de todos os meus medos,
de todos os meus enredos,
por que tudo começa e termina lentamente,
mas meu coração,
esse homem de saudade,
num contra senso apaixonado,
batia rápido.

San Rodrigues

Letras e Atos...

Este espaço é um ensaio para a escrita fotográfica, aquela que vê a cena e provoca as palavras para que possam construir a metáfora da imagem.
Gravando as imagens do diálogo, dos gestos, dos paragrafos, do detalhe nos verbos, em assustadores substantivos e adjetivos maleáveis... que possam traduzir emoções guardadas num lugar secreto.

San Rodrigues

toda leveza nasce de um instante de reflexão...