Espaço Idílico...

LEITORES...

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Olá...!

Estes poemas são lugares de minha casa emocional... sintam-se a vontade, estiquem as pernas e pensem em lugares da vida que pertencem as coisas da alma...

Sandro A.

Poetas e Escritores do Amor e da Paz

03/01/2012

SEMENTE...

PORQUE: maior questão
DEUS: maior ser
AMOU: maior sentimento
O MUNDO: maior comunidade
DE TAL MANEIRA: maior medida
QUE DEU: maior dádiva
SEU FILHO UNIGÊNITO: maior doação
PARA QUE: maior condição
TODO AQUELE: maior alcance
QUE NELE CRER: maior fé
NÂO PEREÇA: maior salvação
MAS TENHA: maior possessão
A VIDA ETERNA: maior promessa


San Rodrigues

MESMAS PALAVRAS...

E perco lento, antigo e vago.
Me vasculho a noite com olhar sereno.
Deito e durmo embaixo do sereno.
No entre e sai do pensamento vago.

Se soubesse que demoraria tanto tempo,
entre o rio e toda água.
Que a ponte nunca vê a mesma água.
E que diminui a pedra com o tempo.

Restaria enxugar a saudade,
como o leito enxuga o rio,
por que tudo é lento como o rio
e tudo deságua na saudade.


San Rodrigues

NA BEIRA DO LAGO...

Séculos de silêncio
em fluido desespero;
magro,
afoito
e a esperança em histólise,
na rudeza dessas leis do deserto.
A luz.
Luz lenta da estrela vésper
vai encharcando as ruas de Sião,
escorre para as janelas
e pega desprevenidos os olhos da religião.
Troa a trova
e prosa a trombeta
nos pés firmes
dos três reis.
De qualquer reino.
De qualquer destreza.
Deus!
Imanente transcendência da beleza.
Gotejou dos céus.
Uma gota por dia
a cada mil anos,
se plantou na esperança,
desafiou a inteligência.
Escolheu átomos e células,
plantou um coração
na corrente sanguínea
e nasceu num corpo meu,
num corpo seu,
e em tantos nossos,
iguais e deixou-se amadurecer
por trinta e três outonos,
entre verões e invernos.
Até a cruz fazer primavera.
Estrela vesper,
você viu!
A manjedoura inteira viu!
Belém não tinha sinos mas retiniu!
Na beira do deserto,
no silêncio do Tiberíades.
Ele chorou
e o universo inteiro riu.
Anjos,
arcanjos,
querubins
e o pintassilgo estavam reverentes,
ardentes,
lirados pela rima do verso de Miquéias.
E tu Belém Efrata!
Ergue de tuas entranhas
a paz,
a vida,
a graça.
Deus é natento.
Plantou nos dias secos de pecado
o eterno rebento.
Ele mesmo.
No mistério trino.
Nasceu,
cresceu,
chorou
e não deixou os corações
e o céu vazios.
Deus nasce na brecha esquecida,
planta-se no minuto frágil
e daqui à tão pouco,
mais breve do que os olhos,
á lágrimas entendem isso,
que a loja chamou de Natal. 


San Rodrigues

MISTO...

Na cumeeira
de pensamentos assustados,
esculpi uma reação minha,
inteira,
toda eira.
Num misto de euforia
dentro do desespero,
eu compasso,
a metáfora
e o arremedo.


San Rodrigues

VELA E NOITE...

Veio a vela
velar a noite.
Bruma.
Lua na folha branca.
Melan Cólis.
Me dói a alma em redemoinhos
andarilhos.
A parede retribui os olhos atônitos
e eu só quero o verso do verso
antes do dia ressuscitar.
Segurei o poema
até o dia alvejar.
Deus feriu minha coxa,
mas eu aprendi amar.

San Rodrigues

SILÊNCIO ECO SILENCIO...

O galho chorou
todos os passarinhos.
A água era tão lenta
que os peixes planavam.
Toda folha em clorofila,
brotava uma árvore todinha.
O vento dava nó nas calçadas vazias.
Tudo morava antigo
e ia remando até daqui à pouco
e eu veraneio
tantas saudades,
com silêncio fazendo eco,
depois do outro silêncio.
Depois do outro,
do outro.
Até eu ter minha
sombra para brincar.


San Rodrigues

NOITE NOVA....

Todos os mares alvejam
meus horizontes
e se derramam na minha tarde,
que não é mais minha.
Filha envelhecida
da noite nova
e lentamente vou
tardando me devolver,
me resolver,
me inebriar.


San Rodrigues

ALÉM DO RESPIRO...

Marola.
A dança lenta
do mar e da lagoa,
que conta a história
da pedra que feriu
o espelho d´água.
Melissas,
azaléias
e avencas
tem sua maneira de explicar
o mar e a gota,
quando o vento as alisa,
ferindo o espaço que
vai além de mim.
Converso,
inverso
na metade
que rebenta no verso,
mas dali,
só marolo.
Jorro.
Imploro.


San Rodrigues

FLOR NA ÁGUA...

As palavras assustadas,
São um esculpimento interessante.
Leve e alternante.
Começam fio d'Água,
vão correndo rio
e despertam mar.
E eu só barquinho
no espelho de sonhar.


San Rodrigues

HESITAÇÃO...

Bem, a noite chega
e com ela vem
essa sanha de dizer
algumas palavras sobre não hesitar.
Nunca hesitar.
Dobrar a esquina
e não mais parar.
Olhar no olho da fuga,
até amanhecer
e depois continuar por febris horas
insistindo na gota que faz o olho brilhar.
Não hesitei em duvidar
das coisas desesperadas.
Duvidei das seriedades,
esvaziei o que havia por detrás
da cara amarrada
e me morava uma vontade
desesperada de sorrir.
Atrás das regras,
marolam planos infantis
de pintar com sete cores
a sala cinzenta das opiniões constituídas.
No espaço das asas do passarinho,
cabe a ponta do pináculo,
e não hesitando,
enchi um saco com palavras
de todas as idades.
Sacudi todas,
até se cruzarem,
se multiplicarem
e encherem a terra sem forma e vazia.
E todos os dias
chegarão no último fio da noite
que não hesita.


San Rodrigues

Letras e Atos...

Este espaço é um ensaio para a escrita fotográfica, aquela que vê a cena e provoca as palavras para que possam construir a metáfora da imagem.
Gravando as imagens do diálogo, dos gestos, dos paragrafos, do detalhe nos verbos, em assustadores substantivos e adjetivos maleáveis... que possam traduzir emoções guardadas num lugar secreto.

San Rodrigues

toda leveza nasce de um instante de reflexão...