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Olá...!

Estes poemas são lugares de minha casa emocional... sintam-se a vontade, estiquem as pernas e pensem em lugares da vida que pertencem as coisas da alma...

Sandro A.

Poetas e Escritores do Amor e da Paz

01/10/2011

ENTRE UMA PALAVRA E OUTRA...

Deixe-me rir antes de falar,

mas é exatamente assim

este tal de Poeta, guardado calmo

na tempestade da própria alma.

Pega a caneta, a empunha

e desafia a lenta folha de papel,

com suas grades; a desafia,

à que ela liberte palavras antigas

e levante o tampão de buracos tristes

onde olhares em caixões foram mergulhados,

e pede para uma nova alma morar neles.

E este sujeitinho de caneta,

em calmo desespero,

faz um sol de fim de tarde,

sem nenhum alarde colorir as folhas do cipreste,

brilhar o trinado do pardal

e encher a água de dourado.

Faz o rio correr lento, sinuoso de saudade,

levando todo dia para outros lugares as margens.

Ele desafia o parto de substantivos fortes

em adjetivos estéreis,

ordenha verbos a movimentos e variações

que fazem dançar orações e versos.

Bem, essa figurinha com rosto de brisa

tem uma ventania nas mãos

e uma tempestade no olhar,

escreve; por que escrever

nada tarda,

no soneto nada falha,

no poema, apenas

tudo passa.

San Rodrigues

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Letras e Atos...

Este espaço é um ensaio para a escrita fotográfica, aquela que vê a cena e provoca as palavras para que possam construir a metáfora da imagem.
Gravando as imagens do diálogo, dos gestos, dos paragrafos, do detalhe nos verbos, em assustadores substantivos e adjetivos maleáveis... que possam traduzir emoções guardadas num lugar secreto.

San Rodrigues

toda leveza nasce de um instante de reflexão...