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Olá...!

Estes poemas são lugares de minha casa emocional... sintam-se a vontade, estiquem as pernas e pensem em lugares da vida que pertencem as coisas da alma...

Sandro A.

Poetas e Escritores do Amor e da Paz

01/10/2011

QUANDO O DIA ENVELHECE...


Me encontrei nos teu olhos.

Ontem,

é o verbo foi,

amanhã,

para alguém será,

somente agora é,

essa coisa do hoje.

Mas o dia envelhece,

na morte de um minuto e outro,

neste cemitério de horas,

e tudo que faço é te procurar.

Onde já se viu,

essa coisa de poeta se apaixonar?

Perder o coração em algum lugar desse amar

e ficar a procurar?

Mas para o poeta mentir é tão fácil,

iludir é tão rápido,

sonhar é tão terno,

e chorar é tão bom...

Fácil não!

Fácil nada!

Me mostre um poeta na fácil estrada,

e mostrarei que sua poesia não vale nada;

sem essa dor e essa procura toda

sua poesia é uma dessas coisas de alma obscura.

Mas tu bendita lágrima,

essa inundação que afoga a dor,

nas noites frias do sofrimento,

a lágrima é a síntese do orvalho divino,

por que vai haver uma manhã de redenção.

Por isso tenho saudade,

essa coisa de quando momento tenta fugir da recordação

para aparecer de novo e não consegue.

Onde estou nos seus olhos?

Não se surpreenda de eu não parar de procurar,

tudo que tenho nessa alma de poeta

é a vontade de achar;

tenho procurado em Magritte e Degas,

Schulmann e Ravel, Moliére e Kandinsk,

no Bandeira e Manuel,

mas você estava embaixo da pele,

bombeada por meu coração,

e foi nos meus olhos que te encontrei,

nessa coisa de olhar.

San Rodrigues

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Letras e Atos...

Este espaço é um ensaio para a escrita fotográfica, aquela que vê a cena e provoca as palavras para que possam construir a metáfora da imagem.
Gravando as imagens do diálogo, dos gestos, dos paragrafos, do detalhe nos verbos, em assustadores substantivos e adjetivos maleáveis... que possam traduzir emoções guardadas num lugar secreto.

San Rodrigues

toda leveza nasce de um instante de reflexão...