
essas peças frágeis que bruxuleiam
entre a luz e a sombra,
quer eu saiba ou não,
já estão em mim,
esse lugar que é a borda
entre ser, entre o outro, entre a vida.
Mas nessa inversão,
nesse descobrir para depois aprender,
nós humanos, começamos como borboletas
e terminamos em casulos.
Os dias abriram uma fresta no meu casulo,
dessas que entram luz.
Minha alma é uma substância conhecendo,
e assim, somos todos,
momentâneos, de dias lacônicos
e tudo o que posso fazer
entre agora e um milhão de segundos,
é acreditar e acudir lugares em mim
que ontem ou amanhã percam o instante da fé.
Coisas que acredito,
essas peças frágeis.
San Rodrigues
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