As palavras são este lugar secreto em que nossa alma acontece, nós as olhamos, medimos, viramos, desviramos e as costuramos umas às outras, remamos com as palavras e nosso barco é este breve instante.
Espaço Idílico...
LEITORES...
01/10/2011
BOLHAS...
Eu acendi a noite procurando uma palavra...
Não qualquer palavra, teria de valer a noite violada;
Queria que a palavra desvestida, que me dissesse;
doce e tênue explicasse, sentado no meu papel;
gotejando da ponta de minha caneta triste... Me explicasse
por que no meio do sono, eu não conseguia sonhar...
Porque no meio da respiração eu não conseguia ar;
e no meio do caminho eu não conseguia ir mais um passo mais.
Desses musicais, que encerram a tarde.
Tudo o que querendo viver, meu coração subvertia;
Eu quereria então que a palavra me explicasse, por que assim
tão derrepente a vida escapa, tão assim de leve, tão assim pesada.
Talvez eu tente proteger o movimento das coisas...
como quem tenta proteger uma bolha de qualquer sabão...
de qualquer sonho,
leve colorido,
de força frágil; que sobe tremulando
e faz festa.
Apaguei a noite
e amanheci menino.
San Rodrigues
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Letras e Atos...
Este espaço é um ensaio para a escrita fotográfica, aquela que vê a cena e provoca as palavras para que possam construir a metáfora da imagem.
Gravando as imagens do diálogo, dos gestos, dos paragrafos, do detalhe nos verbos, em assustadores substantivos e adjetivos maleáveis... que possam traduzir emoções guardadas num lugar secreto.
San Rodrigues
Gravando as imagens do diálogo, dos gestos, dos paragrafos, do detalhe nos verbos, em assustadores substantivos e adjetivos maleáveis... que possam traduzir emoções guardadas num lugar secreto.
San Rodrigues
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