Espaço Idílico...

LEITORES...

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Olá...!

Estes poemas são lugares de minha casa emocional... sintam-se a vontade, estiquem as pernas e pensem em lugares da vida que pertencem as coisas da alma...

Sandro A.

Poetas e Escritores do Amor e da Paz

05/01/2012

ALVÉOLOS...

O
   vento
            é
     leve
    e
        respiro
   tão
  pesado.


San Rodrigues

ENFIM...

E no fim do dia,
    duas lágrimas
       explicam aos olhos
          o que é saudade...


San Rodrigues

ÂNSIA...

Fui me
        convencendo
de   que o
        espaço
    era         pequeno
        na conveniência
                e me mudei
                               para o poema
                mais próximo.


San Rodrigues

AOS PEDAÇOS...

Caí
pelo
leito
do dia,

escorri pelas horas selvagens,
fui entre um minuto e outro,
até o remanso cheio de segundos,

senhores da vida toda.

Um
pouco
de mãos,

um pouco de pés,
alguns olhos,

tantos narizes,

bocas
de
felizes
e
infelizes.

Tudo do tamanho da respiração
e eu inequívoco,
só prestando atenção às firulas
de minha alma.

Obrigado Deus,
por eu ter pés para os sapatos
e pernas para as calças
e no meio do desatino,
um poema
para a
alma.


San Rodrigues

ASSOVIAR...

Quando amanheci,
abri os sonhos e acordei.
Tomei um banho de amanhecimento,
penteei alguns entendimentos
e emotividades.
Experimentei duas ou três máscaras,
mas me vesti de anarquia
e depois de uns goles de desespero,
folheei todas as inquietações do dia.

Nenhuma Novidade.

Respirei até o nó da garganta,
um mistério antigo,
no lugar mais fundo de meus olhos.

Fechei os olhos.

Tranquei a alma e sai.
Segurava nas mãos
todos os segundos que eu podia,
todos os que eu achava e invadia.

Mas foram escorrendo.

Apertei as mãos
e o futuro derretia debaixo do presente,
embaixo de meus pés.
E meus pés reformavam os passos
e não parei até andar mil pensamentos
e parar frente ao despenhadeiro,
no ponto exato,
que a vida me pergunta
o que de fato quero.

Fiz um tumulto em mim.

Eu não.
Minhas memórias que se esfregam,
se faíscam,
se incomodam
e parem poesias bastardas.

Desci meus subúrbios,
nos becos mais marginais
de certos sonhos a procura dela.

A resposta!

Depois de uma era que engaiolei no minuto,
pedi que ela se casasse
com meus distúrbios.
Ela se casou e desentranhou
o dia seguinte inteirinho
na porta do meu espanto
e nunca mais me assustei
com aquilo que chamam de “fato”.

Fui ao despenhadeiro e lhe disse.
Só lhe disse.
Foi tudo que lhe disse.

Que eu queria ser eu,
apaixonado,
leve e entusiasmado.

O despenhadeiro olhou interessado
se inclinou e se jogou em mim.
Chorei um temporal esparso
e tive meu próprio arco-íris
antes de qualquer dia terminar,
de eu terminar,
da vida desligar
e o sol apagar.

Deus estava aqui.

O sabiá sabia.


San Rodrigues

DE TANTO...

Poemiso-me
por que perambulo
em quem me leia.

De vez em quando,
por enquanto,
de tanto,
de muito,
fui ao fundo,
fui a tona,
driblei-me com
a frase átona.

Que Deus me perdoe
a descompostura,

mas me desafio entre
as sílabas de certeza.

Se o passo é
me desfazer,
sei que não posso
e me sobro em qualquer
coisa de viver.

Bendita seja
a eternidade do mosquito.
A batalha da borboleta
e a sinfonia do grilo.

Porque antes do fim,
sou um fragmento do tudo
que encerra


San Rodrigues

Letras e Atos...

Este espaço é um ensaio para a escrita fotográfica, aquela que vê a cena e provoca as palavras para que possam construir a metáfora da imagem.
Gravando as imagens do diálogo, dos gestos, dos paragrafos, do detalhe nos verbos, em assustadores substantivos e adjetivos maleáveis... que possam traduzir emoções guardadas num lugar secreto.

San Rodrigues

toda leveza nasce de um instante de reflexão...