Espaço Idílico...

LEITORES...

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Olá...!

Estes poemas são lugares de minha casa emocional... sintam-se a vontade, estiquem as pernas e pensem em lugares da vida que pertencem as coisas da alma...

Sandro A.

Poetas e Escritores do Amor e da Paz

21/06/2012

UMA CURVA...


Me receio, de ter um anseio,
Maior que esta fera enjaulada
Que chamo no fim da tarde,
De dia inteiro.
Eu e a rotina:
Faço, fez, fazemos...
Uma curva entre janeiro e dezembro
crava a gravura no meio do enredo.
Faz paz na loucura,
Faz o pouco e a fartura.
Faz cada espera tortura.
Amém a tortura.

San Rodrigues

A AVENCA...

A avenca cedeu trêmula
A vela fez um molimento e então apagou
O pólem se fez gigolô em outra flor
A bolha se deixou ir para o fim
Sonsa uma brisa despretensiosa
Fazia assim
Mexia o mundo.


San Rodrigues

ESCORRER...


Eu, o avesso do pronome
Prometo nunca mais ficar longe
Desta beira de mim
E escorrer sagrado
Resto, inteiro, meio...
Deus! Me dá um passo
E andarei o mundo inteiro.


San Rodrigues

OQUE NÃO TENHO...


Tenho tudo
Tudo que cabe no mundo
E derrama um pouco mais para lá
Fora.
Tenho sangue, alma, corpo e demora
E não importa quanto ar
Tenho o agora.

San Rodrigues

TANTAS MORRENDO...


Tenho na minha embolia
Agonias de todas as espessuras
Duras, penas, frias, puras
Azuis, sons e púrpuras
De vaidade esquivas, todas aturdidas
Em mim um fiasco
De todas as cores e cheiros de pessoas
Assim inquietas. Almas desertas.
Todas morrendo num oásis
Sou vago de costurar ilusões
Esses farrapos de memórias indolor
Mentira! Doem sim, eu e elas
Na frincha do fragor.
Se quis dizer disse
Se não disse é estupor

San Rodrigues

MINHA CENA...


As palavras são o intervalo
Intenso entre o devasso e o sedento.
Nessa frágil linha
Que divide meu tema da espinha.
Se faço, é porque sou raso,
Tudo o que não tenho é a alma amena.
E o ar passa pelos olhos,
Pela pele,
Pela memória
E quando lembra, move meu pulmão lento.
Vento.
Elemento de minha cena mais feliz,
com colibris no teto da alma e eu...
Bem, quando eu souber,
Eu não sei de nada.
Só de que há vento;
Meus pés e a estrada.


San Rodrigues

Letras e Atos...

Este espaço é um ensaio para a escrita fotográfica, aquela que vê a cena e provoca as palavras para que possam construir a metáfora da imagem.
Gravando as imagens do diálogo, dos gestos, dos paragrafos, do detalhe nos verbos, em assustadores substantivos e adjetivos maleáveis... que possam traduzir emoções guardadas num lugar secreto.

San Rodrigues

toda leveza nasce de um instante de reflexão...