Assim mirei a cena e apontei meu olhar
olhei profundamente, não poderia ser de outra maneira
A alma é mais profunda que a pele
E lá, embaixo nela, todas, inevitavelmente
todas as esperanças do mundo me olhavam...
Procurei as palavras certas,
minha maneira de fotografar
transformar as imagens adverbiais
em fotografias que só as ideias podem ver...
Ai disparei, a luz numa insinuação
sorri contendo o instante,
eu resisti, os sons resistiram,
o instante resistiu, e eu só olhei...
Da ponta de minha breve caneta
da irresistível variação das letras,
aquelas tímidas instituições que de lá,
formam as palavras que fotografam as alma,
Eu insisti e escrevi seu poema.
San Rodrigues
As palavras são este lugar secreto em que nossa alma acontece, nós as olhamos, medimos, viramos, desviramos e as costuramos umas às outras, remamos com as palavras e nosso barco é este breve instante.
Espaço Idílico...
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Letras e Atos...
Este espaço é um ensaio para a escrita fotográfica, aquela que vê a cena e provoca as palavras para que possam construir a metáfora da imagem.
Gravando as imagens do diálogo, dos gestos, dos paragrafos, do detalhe nos verbos, em assustadores substantivos e adjetivos maleáveis... que possam traduzir emoções guardadas num lugar secreto.
San Rodrigues
Gravando as imagens do diálogo, dos gestos, dos paragrafos, do detalhe nos verbos, em assustadores substantivos e adjetivos maleáveis... que possam traduzir emoções guardadas num lugar secreto.
San Rodrigues
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