Espaço Idílico...

LEITORES...

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Olá...!

Estes poemas são lugares de minha casa emocional... sintam-se a vontade, estiquem as pernas e pensem em lugares da vida que pertencem as coisas da alma...

Sandro A.

Poetas e Escritores do Amor e da Paz

25/11/2011

FUNDO...

A existência abomina o vácuo,
o passo.
O intervalo.
Procuramos qualquer coisa
para ocupar o espaço.
Mais uma sexta-feira
e eu debaixo de todos
meus pecados,
dos erros mais republicanos,
ao Eros mais sagrado.
Me empato,
me empaco.
Um dia desses
me empacoto.
Frio,
áspero,
ereto.
Queria cara,
coroa e anonimato.
Queria mato
e o que me sobrou
é deserto.
De Tartini à nota,
na ponte dos suspiros,
eu vagando oblíquo,
no mito,
omito,
minto,
menta.
Me deixa sozinho.
Eu
e o vácuo.


San Rodrigues

INCONTIDO...


Plantei uma rosa
consoante
e ela durou
até a última
metáfora.
Enquanto o sono
não vem
a noite dorme lá fora,
profunda em ébano
e eu sonho dissonâncias.
Penso em minhas covas.
Eu e todos os meus passos,
o silêncio,
as pedras,
os sapatos
e a eternidade,
dormiremos ali.
A vida é a insônia da morte.
Meus olhos
versus a coisa olhada
vermelham.
Sejam o que quiser,
eu vejo o que pudermos.
Todo fundo,
todo noite,
eu e minha rosa
sem vogal,
que dispara o odor
no peito de minha saudade.
Tranco a noite
e depois de séculos
abro o dia.
Agradeço a vida
pela companhia.
Agradeço a rosa
por ser metáfora
exalada
até o fim
da poesia.


San Rodrigues

Letras e Atos...

Este espaço é um ensaio para a escrita fotográfica, aquela que vê a cena e provoca as palavras para que possam construir a metáfora da imagem.
Gravando as imagens do diálogo, dos gestos, dos paragrafos, do detalhe nos verbos, em assustadores substantivos e adjetivos maleáveis... que possam traduzir emoções guardadas num lugar secreto.

San Rodrigues

toda leveza nasce de um instante de reflexão...