
Bem... coisas que não quero olhar;
não quero olhar a dor como o médico,
não quero olhar o prédio como o engenheiro,
não quero olhar o quadro como o pintor,
não quero olhar os alunos como o professor,
não quero olhar as flores como o jardineiro,
não quero olhar a música como o maestro,
não quero olhar a prisão como o carcereiro.
Quero exercer meu direito ao paralelismo;
quero olhar o prédio como o pintor,
quero olhar a sala de aula como o jardineiro,
quero olhar o quadro como o engenheiro,
quero olhar o jardim como o professor,
quero olhar a prisão como o maestro.
Mas a dor, bem esta eu não posso ver como o
carcereiro, o jardineiro, o pintor,o maestro, o professor,
ou qualquer um deles;
A dor só posso ver como o poeta.
San Rodrigues
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