Espaço Idílico...

LEITORES...

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Olá...!

Estes poemas são lugares de minha casa emocional... sintam-se a vontade, estiquem as pernas e pensem em lugares da vida que pertencem as coisas da alma...

Sandro A.

Poetas e Escritores do Amor e da Paz

02/11/2011

TERAPIA...



Por favor sente-se...
Não!
(Silêncio)
O que posso fazer por você?
Nada!!
Acho que pode ser diferente...
(Procura de razões)
Eu quero sair...!
Pra onde?
Eu quero sair!!
Só me diga pra onde...?
Não lhe diz respeito...
(Um olhar através da pele)
Eu sei... mas insisto...
Não sei...
Sente-se por favor.
(Os olhos baixaram secos e levantaram úmidos)
Eu quero sair...
(Os dentes tentaram morder cada palavra)
O problema não é aqui, é onde você está...
(Os olhos apenas olharam)
Eu vou sumir para bem longe!!
Nunca para longe de você...
(Os olhos olharam para baixo como se pudessem encontrar lá uma razão)
Eu sei...
Eu também...( A voz era doce)

San Rodrigues

TEOBRINCAR...


Deus
se
distrai
com
a
das
bolhas
de
sabão.


San Rodrigues

COISAS DE VOAR...


Peguei ideias livres,
e as aprisionei no papel,
sob a égide tola
de que minha presunção
as manteria lá.
Não!
Em breve um leitor,
desses apaixonados,
sobe na última torre de minhas folhas
e liberta todas as minhas palavras.
Com um olhar
lhes dá asas,
as bota para voar
e faz um ninho para elas no coração.
Peguei ideias livres
e elas ficam assim,
livres para libertar.
Essas palavras
que nos escapam,
ficam plantadas
por escolha do poema
nos intervalos dos sentimentos.
E eu presunçoso.


San Rodrigues

MINUANÇAS...


Cada vez que respiramos,
negamos a morte.
Ela é esta doença da existência,
e decidi tratá-la
compondo um poema;
minha maneira de ancorar
meu futuro iminente
e tudo que seja eminente nele.
Fiz isso,
por que um dia acordei
com minha melancolia
aumentando insignificâncias;
uma fissura na fina camada
do meu jeito de ver.
Acordei coando moscas
e engolindo camelos,
para aumentar essa minha
coisa egoísta;
essa palidez.
A morte é pálida.
Minha folha é pálida.
Todas as cores acabam pálidas.
Mas deixe-me falar de viver:
Por que é para isso
que componho um poema;
para silenciosamente
adormecer entre morfemas e sintaxes,
eu e meus hiatos;
por que minha felicidade
é uma florzinha que encontra
a fresta e busca o céu,
um frágil sussurro de minhas razões,
meu décimo de instante
que o vento cala,
minha vela que a noite
lentamente apaga meu escrever...
que me move nas mãos
e forma minhas letras escarlate,
não temo minhas inquisições,
temo minhas absolvições
por que não testam minha fé.
Mas minha respiração,
bem,
ela dura minha vida toda,
e nisso
eu acredito.


San Rodrigues

ARFAR...



tudo
é
o
que
existimos.

San Rodrigues

LOGO ALI...


fins e começos,
estão
nos passos
em mim.

San Rodrigues

VERSO DA CALMA...


Meus pensamentos
se sentaram, silenciosos;
abismos rasos
investigando os céus.
Sorri.
O sorriso é o verso da calma,
breve soneto da alma;
instante da palma que vasculha a bruma.
Quando a alma ternamente aquarela.
Meus passos outonando,
primaveram.
Ainda olho certo mundo da janela.
Pintei uma flor para adjetivar
os verbos do mundo,
e eu só;
sou uma folha;
junto o poema inteiro,
ato cálido do sonho;
do devaneio.
Ato ousado.
Meu mistério,
quando o tempo amarela,
mas a imagem permanece,
quando o tempo diz adeus.
Mas antecipei a eternidade
na flor da margarida;
quando a tarde ainda sonho,
quando o sonho ainda é brisa.
Meus pensamentos se sentaram
brandeando a vida,
decifrei-me em outro nome,
decifrei-me poesia.


San Rodrigues

TODO DIA...


Vasculho nas palavras,
minhas ausências.
Aprisiono na escrita
todo meu fragmento transitório,
essas minhas suaves mutilações,
que celebro como parte da colheita:
Esse instante que aceito submisso.
Por que plantei,
no terreno do meu dia
essas palavras de ousadia;
sementes de saudade,
de medo
e alegria,
em cada uma de minhas inadequações.
Cada instante de palavra minerado,
cessa o respiro,
congela o tempo
e fotografa meus instintos.
Não me temo,
temo quem não conheço em mim.
A beleza é fugaz,
a tristeza é fugaz,
todas as flores são fugazes;
mas o olhar é eterno
e dura no que olhei.
Eu, rei neste mundo de homens cegos.
Abro o fundo
pra vasculhar palavras que deliram
e me contam de tudo que não vi,
das minhas neblinas,
porque fará sol,
é assim todo dia.
Todo dia tudo passa.


San Rodrigues

ERA UM VERSO....


Era um verso... era um verso resistindo ao mundo
Um verso resistindo a vida.
Uma força dentro da fraqueza,
Um furacão dentro da brisa!
Ele era o verso de uma quadra,
quatro pernas de um poema
Com os olhos via o mundo,
com a alma a existência.

Era um verso, um fragmento,
um pedaço, um morfema.
Cada tema e ato lento;
Construía seu poema.

Tinha sílabas na língua,
Para elegias e parlendas.
Cavucava em redondilhas,
Procurava sua essência.

Uma manhã acordou assustado,
mais deslumbrado que com medo;
Tinha respostas em sua alma,
Não havia mais segredo.
Entendeu que todo choro;
tem função para o esteta.
Adormeceu em sofrimento,
Acordou como um poeta.


San Rodrigues


TUDO PASSA...


Tudo passa,
Tudo voa,
Tudo é breve
e em mim ecoa.

Passa o vento,
Voa o tempo;
Passa o orgulho
Voa a hora,
Passa o sonho desta noite,
Voa a saudade de outrora.

Envelheceu o caderno,
Murchou as flores,
Rasgou os panos,
Apagou as velas;
Parabéns para você,
cada um no seu tempo;
Cada um a sua espera.

Meus haikais,
Meus sonetos,
Tantas vozes amarelas;
Tantas gavetas calabouço.
Cada um na sua cela.

Mas tenho paz no meu ninho,
Nos meus infindos nascimentos,
Tudo passa tudo voa
e eu continuo passarinho.


San Rodrigues

Letras e Atos...

Este espaço é um ensaio para a escrita fotográfica, aquela que vê a cena e provoca as palavras para que possam construir a metáfora da imagem.
Gravando as imagens do diálogo, dos gestos, dos paragrafos, do detalhe nos verbos, em assustadores substantivos e adjetivos maleáveis... que possam traduzir emoções guardadas num lugar secreto.

San Rodrigues

toda leveza nasce de um instante de reflexão...