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Olá...!

Estes poemas são lugares de minha casa emocional... sintam-se a vontade, estiquem as pernas e pensem em lugares da vida que pertencem as coisas da alma...

Sandro A.

Poetas e Escritores do Amor e da Paz

29/10/2011

FORMA E FUNDO...


Minha forma e meu fundo
se refletem perfeitamente:
Não tenho fé no translúcido;
Não há brisa
que ultrapasse a lucidez.
Agora os sonhos?
Bem, eu não temo o futuro,
já vi alguns desses espécimes vazios,
horas que diluem,
apagam e fumaçam.
Mas o passado me dá medo.
Fica lá atrás,
estancado,
frio,
olhando profundamente meus olhos,
me lembrando do fracasso.
Mas o fracasso,
essa pedra de dureza,
vencida pela franqueza
do meu jeito de chorar.
Uma gota depois da outra;
lágrima mole
em tristeza dura,
é a insistência da minha alma
que perfura mil passados de dor.
Minha forma e meu fundo,
coisas que refletem.
As coisas que esqueço
são memórias que guardo
num outro tipo de saudade:
Esquecer,
lembrar
e tornar a esquecer;
renova minha sanidade,
mas preserva o lugar feliz
de minha loucura.
Minha forma,
no fundo me reflete.
Todas as minhas gotas
fenderam um rio,
todos os meus rios
são minha revolta
contra o passado,
de olhar e leito translúcido,
por que não tive razões
para temer o futuro;
ele nunca está lá.


San Rodrigues

Letras e Atos...

Este espaço é um ensaio para a escrita fotográfica, aquela que vê a cena e provoca as palavras para que possam construir a metáfora da imagem.
Gravando as imagens do diálogo, dos gestos, dos paragrafos, do detalhe nos verbos, em assustadores substantivos e adjetivos maleáveis... que possam traduzir emoções guardadas num lugar secreto.

San Rodrigues

toda leveza nasce de um instante de reflexão...