dentro
de metáforas,
vasculhei-me
com
medo de não saber
voltar
para dentro de mim,
quantas
vezes perdi o caminho
e
fui parar dentro de tantos outros.
Outros,
essa
coisa obsoleta
que
se tromba nas ruas atrás do futuro.
Futuro,
essa
gaiola de dias
que
vitrina minha vida no calendário.
Um
dia desses escapo dele,
e
paro de tentar agarrar as ondas
pedindo
que durmam
mais
uma noite comigo.
Um
dia escapo
e
acabo morando na solidez
de
minhas bolhas de sabão,
quando
meu pudor
e
minha luxúria
dançaram
no meio da rua,
debaixo
de tanta chuva,
eu
esse
desconhecido
nas
minhas fotos de ontem.
Mas
bem, se eu morrer,
só
isso será
uma
metáfora.
San Rodrigues
San Rodrigues