Voltei
como quem escuta a semente,
E
derrepente rompe inteiro.
Voltei como
quem cava inerente ao instante,
Alguma
cor da vida inteira.
Minha
saudade tem altura das coisas de dentro.
Do
inverno até dezembro.
Um
vagalhão despido de bruteza,
Entrou
pela minha paz inteira,
E sacudiu
todas as minhas certezas,
Das mais
quentes,
A mais
espessa.
Como que
se encanta o silêncio?
Como
amarrar os fins aos começos
Sem
perder tanto sangue
Nas
batidas do coração?
Como sair
do sonho sem ter medo?
Sem o
desespero de ficar assim
Tão
simples.
Sem cerne
definido.
Sem voo.
Sem
infinito.
Apenas ali.
Entre o
aqui e o lá fora.
Não tenho
medo.
Não tem
segredo.
Com
qualquer nota
A vida me
devora e eu volto,
Numa hora
dessas ao entremeio.
Entre o
passado e o futuro,
Eu
recheio.
San Rodrigues
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