Com olhos profundos e serenos
me perscrutou
em todos os mistérios da vida,
e esvaziou a dignidade
de meu silêncio,
deixando uma voz pautada.
Minhas coisas de viver;
coração,
sonhos;
esses adejos que faço com fragor,
mas sou solitário
e passo.
Bebo olhar e
me embriago de horizontes
que julgo caberem
em meu olhar,
em meus pés,
dentro de minha caneta.
Quem me descobriu?
O por-do-dol,
a pétala,
o luar,
a brisa no meu olhar;
são coisas que volvem
na fresta da brevidade,
um lugar que
chama todos de personagens
e encerra a peça.
E nos bastidores
descubro que me descobriu.
San Rodrigues
San Rodrigues
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