Fui
cavando o barulhinho das coisas mudas,
Até achar
a raiz adormecida de um sonho criança,
Um tipo
que não quer dormir cedo,
Quer peraltear
na rua,
Quer correr
de alma nua.
Nas horas crepitadas
entre juncos,
Que fizeram
raízes dentro dos olhos.
Amém.
De vez em
quando, colho uma florzinha
De saudade
na madrugada da minha nostalgia amarela.
Fiz meu
poema na rachadura das coisas absolutas,
Na fratura
entre o verbo e a loucura,
Reguei o
substantivo seco.
Enquanto cavava
fiz um fosso de euforia,
Enquanto ia,
Descavava a
poesia.
San Rodrigues
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