O
poeta tenta dizer,
o
que nas palavras não coube,
vasculha
o que não sabe,
captura
o que não houve.
Vale-se
da saudade,
viola
seus sentimentos;
doce
fruto no outono.
Trás
da perda seus tormentos.
Insiste
na esperança.
Que
é a última a apagar,
acende
a luz da lua,
da
corda nas ondas do mar.
Quantos
poetas morrem assim,
na
beira da poesia.
Esfaimados
de vontade,
vazios
de alegria.
Caíques
e Cauês,
Taynas
e Maitês.
São
pétalas da rosa.
Fazem
o poeta viver.
Invadi-me
óh poeta,
buscai-me
nos entremeios;
seduzas
meu passado,
faz
livro meu corpo inteiro
E
no fim do dia,
quando
o olhar se fecha.
Deitam-se
todas as poesias.
Abrigam-se
na alma do poeta.
San Rodrigues
San Rodrigues
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