Espaço Idílico...

LEITORES...

Powered By Blogger

Olá...!

Estes poemas são lugares de minha casa emocional... sintam-se a vontade, estiquem as pernas e pensem em lugares da vida que pertencem as coisas da alma...

Sandro A.

Poetas e Escritores do Amor e da Paz

16/11/2011

ALQUIMIA...

Deus, se couber assim: Obrigado!
Obrigado pela grandeza da insignificância.
A brisa mexe o mar
e a onda me alcança,
a abelha pousa a flor
e o jardim se derrama.
A luz é eterna,
mas é o vagalume que encanta.

Deus, é tão tarde, mas obrigado!
Um dia desses plantei o futuro;
no fim da tarde colhi o passado.
Enfrentei minhas ausências,
com medo do risco,
mas a dor me apertou
até eu soltar um sorriso.

Como é que eu fujo disto
a ponto de não te encontrar?
Sou um principiante na vida,
com dificuldade de andar.

Mas me recolho e insisto
na pequenez do meu verso,
digo que te amo
e que colocastes ar
nos pulmões do universo.

E eu aqui,
este breve espectador,
cheio de arruaças na alma
e sorriso desbravador.

O que posso fazer,
para lhe encontrar oh eterno;
expiar meus pecados,
me curar dos meus erros?

Bom Deus, tenho certeza
do meu milhão de limites,
que descansam na sua bondade
que me diz aguenta, insiste.

Esculpistes o grão,
entalhastes a pétala,
me plantastes do chão,
me fizeste com festa.

Obrigado por seu caminho,
por motivar o meu passo,
e na frente do abismo,
me empurrar do penhasco.

Naquele dia cai,
para morrer me anular,
e sonhei com o fim,
comecei a chorar.

Vi cada instante do tempo,
que me ensinou a pensar;
Que em cima da nuvem pesada
o sol está a brilhar!

Quando vi que era o fim,
quando tudo termina
me ensinou que é ali
que se olha pra cima.

Busquei respiro fundo,
quando me faltava o ar,
acreditou-me que é assim
que se aprende a voar.

Não eram méritos próprios,
nem orgulho de atleta,
o milagre é um milagre,
e só Deus o projeta.

Sendo assim, existência,
coisa do sábio poeta,
eu te agradeço oh Deus,
pois cumpriu a promessa.

De ser amigo sempre,
não só na hora da festa;
mas quando tudo se vai
e a solidão é o que resta.

Deixou claro o que houve,
quando me faltou o ar,
e eu dependi menos de mim
e lhe aprendia a amar.

Obrigado Pai, é tudo que posso falar.
Se um dia me perguntar,
como cheguei aqui nem cima,
com voz embargada
e orgulho na rima.

Lhe direi cheio de paz,
e esperança na escrita,
que se hoje com toda dor
não me falta o sonhar.
Foi o Senhor que no vazio
me ensinou a voar.


San Rodrigues

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Letras e Atos...

Este espaço é um ensaio para a escrita fotográfica, aquela que vê a cena e provoca as palavras para que possam construir a metáfora da imagem.
Gravando as imagens do diálogo, dos gestos, dos paragrafos, do detalhe nos verbos, em assustadores substantivos e adjetivos maleáveis... que possam traduzir emoções guardadas num lugar secreto.

San Rodrigues

toda leveza nasce de um instante de reflexão...