Às vezes
sou a transição
de eu e esta
próxima possibilidade;
mas só as vezes.
Às vezes sou,
Às vezes me torno,
Às vezes vou,
quantas vezes
volto.
Às vezes me
irrito,
de súbito acalmo,
De súbito grito,
Às vezes me calo.
Às vezes insisto,
me dano,
me quebro,
Às vezes me colo,
no resto que
tenho.
Às vezes me mudo,
Às vezes me moro,
Às vezes me encurvo,
Às vezes imploro.
Às vezes amo,
nessas coisas de
odiar.
Às vezes me odeio
com saudade de
amar.
Mas às vezes,
quando as vezes é
quase sempre,
me mudo da minha
alma
e vou pra alma de
um indigente,
planto nela um
jardim e moro,
e acordo nela
semente,
broto com calma.
Por que a calma é
um recipiente,
que guarda minhas
inconclusões,
e as vezes ou meus
de repentes.
Às vezes.
Só às vezes.San Rodrigues
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