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Estes poemas são lugares de minha casa emocional... sintam-se a vontade, estiquem as pernas e pensem em lugares da vida que pertencem as coisas da alma...

Sandro A.

Poetas e Escritores do Amor e da Paz

04/10/2011

NO SÉTIMO DIA...

No sétimo dia Deus não descansou;
bobice de quem tenha pensado
uma coisa assim de Deus,
essa eterna e imexível potência sentir-se cansado.
Ele sentou-se para palavrear
com anjos portentosos;
explicou-lhes como abrira as mãos
e deixara o universo escapar
para ser infinito.
Explicou-lhes de como encontrara
este grão tímido
e o convidara para ser a terra,
de que pegara as lágrimas mais profundas
da risada de um anjo
e fizera o mar,
que dera corda nos rios
para dançarem entre árvores e montanhas,
e fez cócegas na luz
e ela sorriu todas as cores.
No sétimo dia Deus não estava cansado,
estava chateado,
sentia que faltava um lugar no infinito,
uma flor no vale,
uma gota no mar
e certa curva no rio,
tinha certeza que faltava uma cor na luz;
explicou e balançou a cabeça dessaboroso.
Um querubim pensou por um dia,
coisa assim que dura mil anos,
e deu uma ideia nos ouvidos de Deus;
e Deus ouviu o querubim pela eternidade.
Sorriu.
E no sétimo dia
criou o poeta.


San Rodrigues

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Este espaço é um ensaio para a escrita fotográfica, aquela que vê a cena e provoca as palavras para que possam construir a metáfora da imagem.
Gravando as imagens do diálogo, dos gestos, dos paragrafos, do detalhe nos verbos, em assustadores substantivos e adjetivos maleáveis... que possam traduzir emoções guardadas num lugar secreto.

San Rodrigues

toda leveza nasce de um instante de reflexão...