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Estes poemas são lugares de minha casa emocional... sintam-se a vontade, estiquem as pernas e pensem em lugares da vida que pertencem as coisas da alma...

Sandro A.

Poetas e Escritores do Amor e da Paz

05/10/2011

ERA INVERNO...

Era inverno no meu olhar,
quando as sílabas morrem pela geada.
Fui até meu baú
com a chave que encontrei na raiva,
e tudo que fiz foi abrir
e olhar o que se guarda nos anos.
Só queria as palavras
mais fortes que o silêncio,
as únicas que fazem
e acalmam temporais,
carvões com almas de diamantes,
por que moram nas entranhas
quentes e pesadas
de meus confrontos,
de meus contrastes.
Surpreendi minha alma promíscua
flertando com a irrelevância,
admiti sem mágoa,
há muito que já não morava com minhas expectativas.
Queria ter minha própria sombra
para brincar.
Revirei todo meu conteúdo
e cavuquei cada palavra que achava ter
e encontrei sementes,
dessas que não morrem.
Era um lugar sagrado.
Devolvi tudo ao lugar,
só não tranquei o baú,
tinha de deixar o ar entrar,
e eu tinha de esperar o dia
da semente frutificar,
multiplicar e encher a terra.
No dia sagrado
de todas as palavras.


San Rodrigues

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Letras e Atos...

Este espaço é um ensaio para a escrita fotográfica, aquela que vê a cena e provoca as palavras para que possam construir a metáfora da imagem.
Gravando as imagens do diálogo, dos gestos, dos paragrafos, do detalhe nos verbos, em assustadores substantivos e adjetivos maleáveis... que possam traduzir emoções guardadas num lugar secreto.

San Rodrigues

toda leveza nasce de um instante de reflexão...