minhas
ausências.
Aprisiono
na escrita
todo
meu fragmento transitório,
essas
minhas suaves mutilações,
que
celebro como parte da colheita:
Esse
instante que aceito submisso.
Por
que plantei,
no
terreno do meu dia
essas
palavras de ousadia;
sementes
de saudade,
de
medo
e
alegria,
em
cada uma de minhas inadequações.
Cada
instante de palavra minerado,
cessa
o respiro,
congela
o tempo
e
fotografa meus instintos.
Não
me temo,
temo
quem não conheço em mim.
A
beleza é fugaz,
a
tristeza é fugaz,
todas
as flores são fugazes;
mas
o olhar é eterno
e
dura no que olhei.
Eu,
rei neste mundo de homens cegos.
Abro
o fundo
pra
vasculhar palavras que deliram
e
me contam de tudo que não vi,
das
minhas neblinas,
porque
fará sol,
é
assim todo dia.
Todo dia tudo passa.
San Rodrigues
San Rodrigues
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