essa
unidade cálida
que
cabe um mundo.
Não
precisamos de mais,
pois
é tudo isso que
nós,
as árvores e o mar somos;
é
isto que é o universo;
é
isso que é a gota na ponta da folha;
instante.
Agora
entendo o poeta;
não
existe a eternidade,
existe
o instante,
e
que ele seja eterno enquanto dure,
para
caber nele amor,
a
saudade,
minha
vida,
a
formiga,
a
vespa azul,
os
desafetos,
minha
casa,
aquela
rua,
outro
amigo,
tantos
dias,
mês
que vem,
anos
passados,
a
novela,
a
flor amarela
e
outro amanhecer.
Ai
eu fotografo,
só
para tentar deter o instante;
pois
é,
eu
este instante tolo,
com
um milhão de fotografias
escapando
do casulo para voar,
porque
a poeta viu
este
instante-borboleta voar.
San Rodrigues
San Rodrigues
Nenhum comentário:
Postar um comentário