Aquele olhar
tinha um lugar tão profundo,
Que roubava
meu ar.
Pupilas que
invadiam minha errância
E me
sacudiam o ventre.
Que
antepassados dormiam atrás daquelas pálpebras?
Sua retina
respirava um lento fragor.
Eles me olhavam
com a cor do mar,
Quando o dia
desiste de ser noite
E coloniza
novas horas.
Lentamente
piscava,
Na candura
da respiração.
Paz.
Medo.
Desejo e eu
no leve ensejo.
Aquele olhar
despia minhas ingenuidades
E fazia o
dia sagrado de eu ser assim nu.
Assim tão
vestido.
San Rodrigues
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