Sentada na
rede a saudade costurava
A noite já
tão remendada.
Meandrou por
entre desesperos
Dissolvidos,
respiros afoitos,
Gemidos em
falsete, passos malogrados,
Olhares
devaneados por dedos burilando na mesa,
Por bocas
roçando o silêncio,
Por matizes
pálidos e idílios entre
Uma coisa
mais real que outra.
A saudade ia
adejando flanada pela esperança da poesia
e escorria pelas pernas, braços, mãos e abraços
e vigiava o dia seguinte,
quando a luz mataria a maior parte das sombras.
A saudade recostou e dormiu
No respiro do poeta.
San Rodrigues
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