Daqui de dentro do olhar
Ofuscado perguntei as pedras,
Sobre coisas que passam:
A água,
A garça
E a palha na fogueira.
A pedra me falou
Para escrever um poema
Que desafie a esperança
E o coração-de-pedra
No meio da canseira.
Na vida,
A pedra tem de se virar,
Por que respostas não
caem no colo,
precisam ser destrinçadas,
roídas,
amoladas,
andadas
e depois sonhadas
do lado de fora da respiração.
Seu eu não escrever,
As próprias pedras
Poetizarão.
San Rodrigues
San Rodrigues
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