Fui juntando
Letras químicas,
Corrosivas,
Letras com núcleo de urânio.
Aquelas que estavam
Em minhas profundidades mais sorridas,
Surradas
E choradas.
Na esquina do corpo
com qualquer alma.
Fiz versos com imediações
Entalhadas por furacões,
Das tempestades de meus
ancestrais em mim.
Fogo e gelo tentando serem amigos.
Devagar medindo,
Devagar sentindo.
As flores não ligam pra nada.
Eu e bilhões de sombras,
Ligamos para as flores.
Cheias de versos no caule,
Nas pétalas,
Nos aromas.
E minhas palavras,
Uma rosa,
Explodindo em rima,
No Reno,
Em Roma
Ou só romã.
Desconstruindo qualquer
Hiroshima de minhas guerras.
Se faço palavras,
E por que com palavras
Me desfaço nelas.
San Rodrigues
San Rodrigues
Nenhum comentário:
Postar um comentário