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Estes poemas são lugares de minha casa emocional... sintam-se a vontade, estiquem as pernas e pensem em lugares da vida que pertencem as coisas da alma...

Sandro A.

Poetas e Escritores do Amor e da Paz

02/11/2011

MINUANÇAS...


Cada vez que respiramos,
negamos a morte.
Ela é esta doença da existência,
e decidi tratá-la
compondo um poema;
minha maneira de ancorar
meu futuro iminente
e tudo que seja eminente nele.
Fiz isso,
por que um dia acordei
com minha melancolia
aumentando insignificâncias;
uma fissura na fina camada
do meu jeito de ver.
Acordei coando moscas
e engolindo camelos,
para aumentar essa minha
coisa egoísta;
essa palidez.
A morte é pálida.
Minha folha é pálida.
Todas as cores acabam pálidas.
Mas deixe-me falar de viver:
Por que é para isso
que componho um poema;
para silenciosamente
adormecer entre morfemas e sintaxes,
eu e meus hiatos;
por que minha felicidade
é uma florzinha que encontra
a fresta e busca o céu,
um frágil sussurro de minhas razões,
meu décimo de instante
que o vento cala,
minha vela que a noite
lentamente apaga meu escrever...
que me move nas mãos
e forma minhas letras escarlate,
não temo minhas inquisições,
temo minhas absolvições
por que não testam minha fé.
Mas minha respiração,
bem,
ela dura minha vida toda,
e nisso
eu acredito.


San Rodrigues

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Letras e Atos...

Este espaço é um ensaio para a escrita fotográfica, aquela que vê a cena e provoca as palavras para que possam construir a metáfora da imagem.
Gravando as imagens do diálogo, dos gestos, dos paragrafos, do detalhe nos verbos, em assustadores substantivos e adjetivos maleáveis... que possam traduzir emoções guardadas num lugar secreto.

San Rodrigues

toda leveza nasce de um instante de reflexão...