No abismo negro
gira o mundo,
o continente no mundo
boia no mar.
O país dorme lento no continente.
O sudeste goteja no estado,
com paulistas e paulistanos a sonhar.
Na capital mora um redemoinho de sonhos.
O município dorme
inquieto na capital,
que vaza para
o leste, oeste, norte e sul.
Nem sempre são uma escolha.
Meu bairro é um berço,
minha rua venal,
as casas bombeiam
homens,
mulheres,
voltas
e revoltas.
Na beira da mesa,
a casa guarda o poeta inquieto.
O poeta,
sacerdote do papel.
No papel do poeta,
palavras inquietas.
Respiros inquietos.
Ventos quietos.
Uma lágrima enviesada
inundou os olhos!
E Deus com o abismo negro na mão
ficou emocionado.
San Rodrigues
San Rodrigues
Nenhum comentário:
Postar um comentário