Entre a
virgem e o véu
Entre a
calma e o escarcéu
Entre a
reza e o céu
O peca do
mora entre a boca e o beijo
Entre a
rapariga e além Tejo
Entre a
cócega e o sossego
Entre o
toque e o desejo
O
desespero mora entre a morte e a madrugada
Entre o
peito e a espada
Entre o
passo e a escada
Entre
tudo e quase nada
O poema
mora entre o aqui e o ali
Entre o
que vi e o que sorri
Entre o
ipê e o colibri
Entre eu
e aquele ali
A saudade
mora líquida e estanque
Entre o
livro e a estante
Entre o
eterno e o instante
Entre o
respiro e o olhar distante.
San Rodrigues
Nenhum comentário:
Postar um comentário