Nasci entre duas eternidades,
a flor
e a saudade.
Com meus genes insubmissos.
Morando-me
e eu debaixo de seu peso.
Me mudei para
um sorriso aflito,
levantei muros,
desses que a relva invade.
Os muros não são perfeitos.
O que está dentro,
pergunta pela vida
do lado de lá.
E antes de a vida terminar,
meu muro fugiu.
E fiquei com tanto espaço em mim,
que cavei um rio abusado,
que foi dormir no mar.
Plantei uma montanha,
que cultivava nuvens.
Colei árvores
e brotaram ararinhas,
pintei um arco-iris todinho
com as cores de minhas verdades,
me ausentei,
por que é assim,
os poemas são feitos
de eternidades.
San Rodrigues
San Rodrigues
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