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Olá...!

Estes poemas são lugares de minha casa emocional... sintam-se a vontade, estiquem as pernas e pensem em lugares da vida que pertencem as coisas da alma...

Sandro A.

Poetas e Escritores do Amor e da Paz

14/12/2011

E O VERBO SE FEZ CARNE...

Ninguém do lado de fora
ouve quando um poema acontece.
Dá pra se ouvir
gritos,
reclamações,
roncos,
distrações,
mas o poema não!
Ele não range,
não barulheia,
faz tão pouco movimento
que meu coração
acaba ouvindo meus pensamentos mais quietos.
Eu tinha um amigo assim,
tão suave.
Uma calma de deserto.
Tão silencioso
que se ouvia seus olhos
rasparem na pálpebra
e quando sua voz saia,
os fonemas plumavam
entre o ar e o respiro.
Paciente, paciente.
E quando se irritava
era calmamente.
Ele me disse tanto quando
não me dizia nada.
Se movia tão bem
entre o silêncio e a palavra,
que acabei concluindo
que meu amigo era um poema,
com pâncreas,
intestino
e dedos.
Fui rindo,
fazendo da beira do caminho
uma nova estrada.
São assim poesias encarnadas.


San Rodrigues

Um comentário:

  1. Gostaria de parabenizá-lo por tanto talento, professor!
    realmente os poemas são lindos, e muito bons.
    é realmente um dom com as palavras.
    um abraço. (:

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Letras e Atos...

Este espaço é um ensaio para a escrita fotográfica, aquela que vê a cena e provoca as palavras para que possam construir a metáfora da imagem.
Gravando as imagens do diálogo, dos gestos, dos paragrafos, do detalhe nos verbos, em assustadores substantivos e adjetivos maleáveis... que possam traduzir emoções guardadas num lugar secreto.

San Rodrigues

toda leveza nasce de um instante de reflexão...