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Estes poemas são lugares de minha casa emocional... sintam-se a vontade, estiquem as pernas e pensem em lugares da vida que pertencem as coisas da alma...

Sandro A.

Poetas e Escritores do Amor e da Paz

05/10/2011

MUDANDO...

Toda alma é assim
relutante nessa coisa de dilatar,
ela em medo de perder o corpo,
não ter onde morar,
foi assim comigo
antes do acordar e o sonho,
quando dentro desta calma desesperada
eram tecidas minhas asas,
uma palavra que não se divide.
Devia ter ouvido mais sons,
comido mais gostos,
olhado mais longe,
pisado com força,
andado leve no meu dia,
que não era bom nem ruim,
era triste.
Mas é assim que a alma dilata
nesse adultério com a dor e a respiração;
e eu com a ponta da caneta
escrevendo, escrevendo,
matando, sim, matando a indiferença,
a preguiça,
o conformismo,
esse lugar vulgar.
Me levei para bem longe,
lá onde nasce o rio,
lá onde as regras se abandonam,
lá onde sobro eu e a gota do dia,
lá onde o eterno ontem,
hoje dura um segundo,
por que as coisas existem
mesmo quando não estamos
olhando para elas.
Algumas um punhal,
umas um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
E minha alma a dilatar,
com medo de encontrar,
de conhecer o fim do dia.
Mas mês ou outro
tenho de sair mais cedo do conflito
e visitar o brilho de meus olhos,
muitas esperanças moram lá,
grávidas de sonhos,
que conheceram meus passos
e não desprezaram meu caminho.
Enquanto a alma dilata
me pergunto se a vida realmente existe,
ou se eu preferi assim.
Sorrio.
Porque tudo que dói,
é por que a alma dilata.


San Rodrigues

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Letras e Atos...

Este espaço é um ensaio para a escrita fotográfica, aquela que vê a cena e provoca as palavras para que possam construir a metáfora da imagem.
Gravando as imagens do diálogo, dos gestos, dos paragrafos, do detalhe nos verbos, em assustadores substantivos e adjetivos maleáveis... que possam traduzir emoções guardadas num lugar secreto.

San Rodrigues

toda leveza nasce de um instante de reflexão...